quarta-feira, 25 de março de 2015

Técnicas de pintura para crianças


Existem várias técnicas de pintura para se realizar com as crianças. Já tive oportunidade de por em prática algumas, como digitinta, digigelatina, técnica da palhinha…. Entre outras!

Também conheço algumas que ainda não tive oportunidade de por em prática, mas que acho muito interessantes.

Deixo aqui algumas técnicas que podem ser usadas, sendo umas mais apropriadas para jardim de infância, e outras que em creche não constituem problema.


Digitinta

Neste tipo de técnica de pintura, pode-se usar tinta cenográfica, ou corante alimentar se for utilizado com crianças mais pequenas. Deixo aqui o procedimento:

Procedimento:
1.    Na panela junta-se a água, a tinta cenográfica (ou corante alimentar) e a farinha, até fazer uma mistura homogénea (com a panela ao lume mas não deixar ferver).
2.    Deixar arrefecer
3.    Colocar uma porção de digitinta na mesa, e com as mãos espalhar a mesma.
4.    Fazer os desenhos que quiser.
5.    Finalmente segurando uma folha branca coloca-se sobre a tinta desenhada, que está na mesa.

6.    Deixar a folha uns segundos para que a folha agarre o desenho, por fim retira-se a folha, com cuidado da mesa.


Após ter sido realizada a tinta, esta é espalhada pela mesa, e as crianças desenham com os seus dedos, aquilo que quiserem.








Depois será colocada uma folha sobre o desenho, e este será o exemplo do resultado final.









Berlinde

Esta técnica consiste em deitar dentro de uma caixa, já equipada com uma folha em branco no fundo, um ou mais berlindes anteriormente mergulhados em tinta, há quem salpique o papel com tinta, ao invés de mergulhar os berlindes.







Palhinha

Esta técnica consiste em salpicar tinta com a ajuda de um pincel numa folha, realizei esta atividade em estágio de jardim de infância, e foram dadas folhas coloridas para que o desenho tivesse mais "cor", mas as folhas podem ser brancas.
Após terem as folhas salpicadas, sopram sobre a folha, através da palhinha. É importante que as crianças não mergulhem a palhinha na tinta, e não a inspirem. 
































Digigelatina

Utilizei esta técnica duas vezes, e das duas vezes foram realizadas de formas diferentes, numa utilizei folhas, e noutra desenharam diretamente na mesa, ambas em contexto de creche.

A primeira vez que foi realizada, arranjei três cores diferentes (ou seja, três gelatinas em pó de cor diferente) e dissolvi-as cada uma em água, muito pouca, para formar uma pasta e não ficar líquida.


 As crianças com os dedos iam espalhando as várias cores diferentes nas folhas que tinham à sua disposição.

 Por fim o resultado foi o que vemos à direita, e quando seca fica muito engraçado porque fica com um pouco de relevo (devido ao açúcar que o pó da gelatina contém).

Na segunda vez tinha apenas uma cor, e foi espalhada pela mesa por forma a que as crianças sentissem a sua textura.




No final já todas espalhavam a gelatina pela mesa, e começavam a aproximar-se mais para sentir o seu cheiro.













Lápis de cera com aguarelas

Observei esta técnica no estágio em jardim-de-infância, foi proposta pela educadora e até aí não tinha conhecimento da mesma.
Esta consiste em desenhar com lápis de cera numa folha branca (o lápis de cera pode ser branco ou de outra cor clara),


 e posteriormente passar com aguarelas por cima do que foi desenhado.

Podem ser utilizadas várias aguarelas como vemos na imagem à direita, bem como várias cores nos lápis de cera.

















Pintar através da simetria

Realizei esta técnica em contexto de jardim de infância, e o mais fácil é usar as borboletas.
Pode ser realizado de duas formas: colocar tinta no meio da folha, e ao dobrá-la espalhar a tinta, aproveitando assim a restante folha;



ou então fazer marcas de um lado da folha e ao dobrar irá fazer com que se note que ambas as cores que estão de um lado estão na mesma posição, mas do outro lado da folha, como nestas borboletas que se podem ver do lado direito (que foram elaboradas pelas crianças que acompanhei no meu estágio). Na borboleta do meio, a criança colocou uma pinta amarela, uma verde, uma rosa, e uma azul, quando dobrou a folha percebeu que todas as bolinhas tinham sido "transferidas" para o outro lado da folha.



Pintar com carimbos

Existem vários carimbos que podem ser realizados para que as crianças os utilizem nas suas pinturas.
Mostro aqui alguns:

 Carimbos com alimentos nem sempre são bem aceites nas instituições, mas são uma das formas de se poder criar carimbos.

 Aqui são aproveitadas esponjas e cortadas para dar a forma do carimbo escolhido.
 Outra forma de realizar carimbos é através de vários lápis juntos por um elástico.
As rolhas de cortiça são também elas muito usadas para criar carimbos, para que as crianças possam usar nos seus trabalhos.








As folhas podem também elas servir de carimbos, pintando-as e pressionando-as contra uma folha em branco.














Plástico bolha

Esta é uma técnica também muito interessante para usar com as crianças e aproveitar o plástico bolha que costuma existir nas instituições devido ás encomendas recebidas.

 Uma técnica passa pelas crianças enrolarem este plástico nos pés e mergulhar em tinta, passando por uma folha grande estendida no chão.
Para além de marcarem a tinta na folha branca, podem também sentir as bolinhas rebentarem nos pés e é muito divertido.
 Outra forma de utilizar este plástico é pintando com um pincel, ou um rolo, criando vários efeitos.
















Poderia continuar aqui a falar de técnicas de pinturas para as crianças, mas deixo-vos partilhar algumas das vossas ideias.

O que já fizeram de diferente? Quais é que as crianças mais gostam? 

Partilhem fotografias, ideias... 


Abelhas.pt



Quem é que conhece este site? Aqui podem armazenar-se documentos, e partilhá-los com várias pessoas!

Assim sendo decidi criar uma conta, com livros e músicas infantis para poder partilhar com todos os seguidores.

Decidi não ter a pasta aberta, e sim protegida com uma password, mas enviem-me uma mensagem privada que eu dou-vos a password para acederem as pastas de músicas e livros.

Criei este blog com o intuito de partilhar histórias, conhecimentos, e documentos, por isso mesmo, se tiverem algum documento que queiram partilhar, enviem por mensagem que coloco no site para estar ao alcance de todos, pois só assim crescemos, com a ajuda de todos vocês!

Para aceder ao site basta clicar aqui.

Quem se quiser registar, é super fácil e protegido, podendo guardar os vossos próprios documentos, de modo a não se perderem!

Para irem diretamente ao meu perfil, onde irão encontrar os documentos que tenho para partilhar, vão aqui.


Não se esqueçam, enviem mensagem a dizer que querem entrar na conta, e eu dou-vos a password, não se esqueçam também de partilhar o que têm, para que possa juntar aos meus documentos e assim partilhar com todos!

terça-feira, 17 de março de 2015

Modelos pedagógicos


No terceiro ano da minha licenciatura tive uma unidade curricular que se chamava “Teoria e Gestão do Currículo”. No que consistia esta unidade curricular? Em dar-nos a conhecer alguns dos modelos utilizados em educação.

Como é óbvio não foi nada aprofundado, e só aprendi o básico do básico sobre três modelos pedagógicos.. O Movimento da Escola Moderna, High/scope e Reggio Emilia.

No entanto, a nossa avaliação baseou-se num trabalho escrito sobre um modelo pedagógico à nossa escolha (e o meu grupo escolheu o MEM). Assim sendo, tive mais conhecimento sobre esse modelo pedagógico em concreto, percebendo no que consiste.

Ao longo do meu mestrado tive oportunidade de estagiar em dois contextos em que tinham como base pedagógica o MEM. 

Na creche, a instituição tinha como principio o MEM, e pude observar as rotinas que eram realizadas. No jardim-de-infância, a educadora não tinha um modelo único, baseando-se em vários modelos, mas notava-se que o MEM tinha influência na sala.

Ao escrever a minha tese tive de voltar a trabalhar sobre os modelos pedagógicos, e escolhi o MEM, o High/Scope e o Trabalho de Projeto (por estarem mais relacionados com as interações - tema da minha tese).

Como profissional, não exercendo ainda, não consigo escolher um modelo com que me identifique, mas como estagiei e observei o MEM, consigo integrar-me nele, e acho que é um bom modelo pedagógico.

Quais são os modelos que utilizam? Identificam-se com ele?


Partilhem opiniões! 

segunda-feira, 9 de março de 2015

Procurar emprego


Hoje partilho com vocês um documento, não da minha autoria, mas que achei super interessante para quem, tal como eu, terminou o curso recentemente e está a procura de emprego!

Pedi autorização para partilhar este documento, e aqui segue ele.

Leiam com atenção!


quarta-feira, 4 de março de 2015

As ciências no jardim de infância


Esta foi uma atividade que realizei em contexto de estágio numa sala de 3-6 anos, e que as crianças adoraram.. Tanto que a realizamos de manhã e novamente à tarde… E até vimos coisas diferentes! Vou aqui partilhar com vocês a experiência do pH através de uma couve roxa.


Inicialmente foram apresentados os materiais necessários para a experiência: Uma couve roxa, pasta de dentes, um limão e detergente para a roupa...

 

Colocamos cada um dos materiais dentro de copos de plástico, aqui podemos ver o detergente para a roupa.


A pasta de dentes....


E o limão...


Aqui podemos ver os três copos com cada um dos materiais....



Depois pedi a uma criança que cortasse as folhas para um jarro...


Como podemos ver aqui....


E adicionamos água quente... Atenção que não devemos deixar as crianças fazê-lo...


Adicionamos depois um pouco da agua do jarro para cada um dos copos com os diferentes materiais....


Sendo que cada um deles vai ganhar uma nova cor....


Aqui vemos o copo com a pasta de dentes...

 

Aqui podemos ver todos os copos com os diferentes materiais....


Depois mostrei às crianças uma escala de pH, onde podemos ver as diferentes cores que obtemos, dizendo que alguns desses materiais são ácidos e outros básicos, pedindo que elas identificassem os mesmos....


Criei uma tabela para que pudessem registar o que foi observado na experiência...


E aqui estão elas a desenhar com as cores que viram....
 

E aqui já preenchida....


As crianças gostaram tanto da atividade que me pediram se podíamos fazer outra vez, e então, depois de almoço voltamos a fazer a experiência, para ver se tudo batia certo com a tabela que tínhamos anteriormente construído....


Desta vez deixei as crianças fazerem elas próprias as misturas.. e percebemos que a água da couve roxa estava muito mais escura...


Assim sendo, a mistura que anteriormente ficou cor de rosa, ficou agora vermelha, mas as crianças entenderam bem o porquê....

 
Também a cor verde ficou mais escura....

E aqui podemos ver todas as cores que obtivemos....

Em seguida as crianças desenharam aquilo que tínhamos estado a fazer ao longo do dia...


Mais desenhos....